As Virtudes de Nossa Senhora: um modelo de santidade para todos

Redação VOTC

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A Virgem Maria é celebrada como Mãe de Deus e modelo supremo de virtudes cristãs.

Em sua vida, ela exemplificou perfeitamente: a humildade, a caridade, a fé, a esperança, a castidade, a pobreza, a obediência, a paciência e o espírito de oração. 

Inspirada por textos como os de Pseudo-Agostinho, São Bernardo e São Alberto Magno, Santo Afonso Maria de Ligório, em sua obra “As glórias de Maria” explora as virtudes de Nossa Senhora, convidando-nos a imitá-la para crescer em santidade. 

A seguir, apresentamos cada uma dessas virtudes, com base em sua vida e ensinamentos, para inspirar sua jornada espiritual.

    • Participe do solene novenário em honra a Santíssima Virgem do Monte Carmelo, de 7 a 15 de julho, na Igreja da Venerável Ordem Terceira do Carmo. O tema central deste ano são as Virtudes de Maria. Será um momento de aprofundar-se e unir em oração a Virgem Maria. Veja toda a programação aqui


Humildade: O fundamento das virtudes de Maria

A humildade é a base de todas as virtudes, e Maria a viveu de forma exemplar. 

São Francisco de Sales diz, Deus corre ao encontro da humildade, e Maria, mesmo cheia de graças, nunca se julgou superior a ninguém. 

“Embora enriquecida de graças, nunca se julgou acima de quem quer que fosse” (Revelação a Santa Matilde). 

Sua modéstia era tamanha que, diante dos louvores do arcanjo Gabriel, ela se perturbou, atribuindo toda glória a Deus com o Magnificat: “Minha alma engrandece ao Senhor” (Lc 1,46). 

Maria ocultava seus dons celestes, servia com alegria, como fez com Isabel, e aceitava desprezos, como no Calvário, mostrando que a verdadeira humildade é reconhecer a grandeza de Deus e a própria pequenez.


Caridade: Amor a Deus e ao Próximo

Maria foi a “Rainha do amor” (São Francisco de Sales), unindo um ardente amor a Deus e uma caridade incomparável pelo próximo. 

Sua alma, vazia de si mesma, ardia de amor divino: “Fogo e chamas era o coração de Maria” (Pseudo-Anselmo). 

Ela amava a Deus com tal intensidade que, segundo São Bernardino, os demônios fugiam de sua caridade, incapaz de tentá-la. 

No próximo, Maria via os amados de Deus, socorrendo-os com pressa, como nas bodas de Caná, onde intercedeu: “Eles não têm vinho” (Jo 2,3). 

Sua caridade persiste nos céus, intercedendo por todos, como revelou a Santa Brígida: “Não há quem recorra a Maria sem receber graças de sua caridade.”


Fé: A Mãe da fé inabalável

Maria é a “Mãe do belo amor, do temor e do conhecimento” (Eclo 24,24), reparando com sua fé o dano causado por Eva, segundo São Irineu. 

Sua fé era inabalável: via o Filho na manjedoura e cria-O Criador; via-O morrer na cruz e confessava Sua divindade. 

“Junto à cruz estava a Mãe de Jesus” (Jo 19,25), firme quando até os discípulos duvidaram. 

Santo Alberto Magno destaca que, enquanto outros vacilavam, Maria “afugentou toda dúvida”. 

Sua fé a tornou “Rainha da fé ortodoxa” (São Cirilo de Alexandria), inspirando-nos a viver segundo o que cremos, como exorta Santo Agostinho: “Procede segundo tua fé, e de fato estás crendo.”


Esperança: confiança absoluta em Deus

Da fé de Maria brotava sua esperança, uma confiança total na bondade divina. 

Como diz o Cardeal Algrino, Maria, “desapegada do mundo, contava só com a graça divina”. 

Ela confiava em Deus mesmo em momentos difíceis, como a perplexidade de São José ou a fuga para o Egito, sem queixas, abandonando-se à Providência. 

Em Caná, apesar da resposta inicial de Jesus, ela confiou e ordenou aos servos: “Fazei o que Ele vos disser” (Jo 2,5). 

Maria nos ensina a esperar em Deus para a salvação eterna, dizendo com São Paulo: “Tudo posso naquele que me fortifica” (Fl 4,13).

 

Castidade: A Virgem das Virgens

Maria é o modelo supremo de castidade, chamada por Santo Alberto de “Virgem das virgens”. 

Sem exemplo humano, ela ofereceu sua virgindade a Deus, inspirando outras a segui-la. 

“Quem te ensinou a agradar a Deus pela virgindade?” (São Bernardo). 

Sua pureza era tamanha que, segundo São Tomás, inspirava castidade em todos que a viam. 

Maria mortificava os sentidos, jejuava e fugia das ocasiões de pecado, como na visita apressada a Isabel. 

Sua intercessão é poderosa: “Basta pronunciar o nome de Maria Imaculada para vencer tentações” (João d’Ávila).

 

Pobreza: desapego dos bens mundanos

Maria viveu a pobreza com amor, desprezando os bens terrenos para seguir Jesus, que “se fez pobre por vós” (2 Cor 8,9). 

Apesar da herança de seus pais, ela distribuiu tudo aos pobres, reservando pouco para si, como revelou a Santa Brígida: “Dei aos pobres o que possuía; guardei o indispensável.” 

Fez voto de pobreza, trabalhou com as mãos e ofertou no templo as rolas dos pobres (Lc 2,24). 

Santa Amélia, Maria nos ensina que “amar a pobreza é encontrar em Deus todos os bens” (São Bernardo).

 

Obediência: A escrava do Senhor

Maria viveu a obediência com perfeição, chamando-se “escrava do Senhor” (Lc 1,38). 

São Tomás de Vilanova afirma que ela nunca contrariou a vontade divina, reparando a desobediência de Eva. 

Pronta em obedecer, enfrentou viagens difíceis, como a de Belém e do Egito, sem hesitar. 

Sua obediência a agradava tanto que, segundo Santa Brígida, por ela alcançou perdão para os pecadore 

Maria nos exorta a obedecer a Deus e aos diretores espirituais, pois “a obediência leva ao paraíso” (Santa Brígida).


Paciência: mártir entre espinhos

Maria viveu entre tribulações, como “a rosa entre espinhos” (Santa Brígida), sendo um modelo de paciência. 

Sua vida foi um contínuo exercício de suportar cruzes, especialmente ao lado de Jesus no Calvário. “A crucificada concebeu o Crucificado” (São Bernardino). 

Sua paciência a tornou nossa Mãe na graça, ensinando-nos que “por vossa paciência possuireis vossas almas” (Lc 21,19). 

Maria nos consola nas cruzes, sendo chamada de “remédio para todas as doenças” (São João Damasceno).

 

Espírito de Oração: perseverança na comunhão com Deus

Maria viveu o preceito de “orar sempre” (Lc 18,1) com perfeição. 

Desde menina, dedicava-se à oração no templo, erguendo-se à noite para orar, como revelou a Santa Isabel de Turíngia. 

Sua oração era contínua, livre de distrações, e unida ao amor pela solidão: “Subiste pelo deserto até Deus, porque tua alma amava a solidão” (Roberto). 

Maria nos ensina a buscar o retiro e a oração para aspirar ao paraíso.

 

Um Convite à Imitação de Maria

As virtudes de Nossa Senhora – humildade, caridade, fé, esperança, castidade, pobreza, obediência, paciência e espírito de oração – são um farol para nossa jornada espiritual. 

Imitá-la é o maior ato que podemos oferecer, como diz Pseudo-Jerônimo, pois “quem ama, procura assemelhar-se à pessoa amada.” 

Que Maria, nossa Mãe, nos guie a viver suas virtudes para alcançar a união com Deus.

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