Hoje no dia 26 de abril fazemos memória da Primeira Santa Missa celebrada em nossas terras.
São muitos anos, mais de meio milênio deste evento e do descobrimento da Terra de Santa Cruz. Fruto das grandes navegações promovidas pelos europeus, em nosso caso, pelos Portugueses, vivemos em um país dominado por contradições.
Estas contradições inclusive são notadas em nossa história, maculada por anos e anos de desinformação praticada por professores que tinham pouco, ou nenhum apreço pela verdade.
Quando eu era jovem e tinha de levantar ao lado da carteira e entoar o hino nacional, isso nos idos de 1980, ainda havia alguns mestres que nos apresentavam as grandes navegações como empreitadas célebres de homens corajosos.
Homens dispostos a enfrentar intermináveis milhas náuticas, orientados por sextantes, bussolas rudimentares, pelo movimento dos astros e dos ventos, para chegar a um lugar distante e levar esperança, novidade, modernidade e… Cristo até os pagãos.
Porém, o que passou a ser ensinado nas escolas deste país foi que as navegações somente tinham intenções nefastas: a ampliação do decadente imperialismo europeu, a extração desenfreada das riquezas de além-mar para encher os bolsos das cortes, engravidar e assassinar os pobres indígenas e impor a religião católica, opressora.
Discurso barato, politizado e repleto de erros não somente de interpretação, mas polarizado em uma política previsível de acusação e dissimulação da missão assumida pelos navegadores.
Por sorte, há uma nova geração de homens e mulheres comprometidos com a verdade e que lutam para que a real história seja retomada nas escolas e preservada como patrimônio.

O que você encontrará neste artigo:
- Antes de tudo, a palavra do Papa.
- Pré-história do Brasil
- Pedro Alvares Cabral e a poderosa frota Portuguesa.
- A Salvação das Almas
- A partida do Porto de Belém
- As raízes Católicas, antes dos Portugueses…
- Ainda São Tomé.
- Os Jesuítas
- O Combate da Companhia de Jesus
- A primeira missa no Brasil.
- Assim…
Antes de tudo, a palavra do Papa.
Acredito que, antes de dar início a este artigo, cabe recorrer ao Santo Papa, neste caso o grande São João Paulo II, para que ele em suas palavras nos mostre o caminho da evangelização corajosa assumido por aqueles que deixaram suas famílias e seu país a bordo de navios de madeira e singraram os mares a procura de novas terras.
Assim se expressou o Santo Padre:
“O que a Igreja se dispõe a celebrar é a evangelização: a chegada e proclamação da fé e da mensagem de Jesus, a implantação e o desenvolvimento da Igreja, realidades esplêndidas e permanentes que não se podem negar nem menosprezar. Ela se dispõe a celebrá-la no sentido mais profundo e teológico do termo: como se celebra Jesus Cristo, Senhor da História, o primeiro e o maior Evangelizador, já que ele mesmo é o Evangelizador de Deus.” (São João Paulo II, Roma, 14.06.1991 – Pontifícia Comissão para a América Latina.)
Pré-história do Brasil
O célebre professor Raphael Tonon, em uma de suas exposições sobre a história do Brasil nos conta que, na verdade, o Brasil já havia sido descoberto na década de 1490 por Duarte Coelho (a quem seria conferida mais tarde a Capitania de Paranambuco, conf. Cartas de Manoel da Nobrega – VIII – 13 de setembro de 1551), em uma viagem exploratória na qual o navegador identifica o litoral Brasileiro. Porém, naquela época, a coroa Portuguesa recebe o relatório e o trata como secreto; não divulga a descoberta uma vez que não possuía recursos financeiros suficientes para empreender uma missão expedicionária, como seria feita em 1500.
Em 1494, o tratado de Tordesilhas já conferia a Portugal o direito de exploração das terras descobertas (As Terras a leste de um meridiano a 370 léguas de Cabo Verde), porém Portugal não reunia as condições financeiras e estratégicas necessárias para fazê-lo, naquele momento.
Pedro Alvares Cabral e a poderosa frota Portuguesa.
Roger Crowley, historiador Britânico especializado em relatar, com fidelidade as grandes aventuras marítimas da Europa, nos traz em sua obra escrita: “Conquistadores”, informações intrigantes sobre como eram as navegações na época do descobrimento do Brasil. Até em período anterior, nos conta nesta obra, sobre Vasco da Gama, Colombo entre outros desbravadores.
Em um determinado capítulo de sua obra ele nos relata sobre Pedro Alvares Cabral, fidalgo da casa Portuguesa, designado como capitão-mor da frota Portuguesa para desbravar os mares do Sudoeste e se dirigir às índias para fincar posição comercial naquelas terras:
“Apenas seis meses após o retorno de Vasco da Gama, uma frota muito maior estava pronta para partir das praias de Belém; treze navios, 1.200 homens e um investimento de capital feito por banqueiros florentinos e genoveses, agora ansiosos por participar das oportunidades oferecidas pelas Índias. Manuel (Dom Manuel I, o “venturoso”) podia ser irresoluto, facilmente influenciado e perverso, mas o ano de 1500 ressoava de portentos messiânicos.
A atenção da Europa se voltava para Lisboa e para sua nova armada, liderada pelo fidalgo Pedro Álvares Cabral como capitão-mor, que dava rápida sequência com o objetivo de ganhar vantagens materiais e a admiração religiosa do mundo católico.
A expedição de Cabral marcou a mudança do reconhecimento para o comércio e depois para a conquista.”
As 13 caravelas lideradas por Pedro Alvares Cabral, o qual, avistando do mar um monte, chamou-o de Monte Pascoal, por ser oitava de Páscoa. Àquela terra, inicialmente, colocou o nome de Terra de Vera Cruz.
A Salvação das Almas
Ainda em sua obra, Crowley demonstra qual era o interesse da Igreja Católica:
“… Parece que os portugueses persistiam na crença de que o samorim (título dos soberanos do antigo Estado hindu de Calicute, entre os séculos XII e XVIII.) era um rei cristão, embora de um tipo pouco ortodoxo, e, de acordo com a ordem do papa, uma delegação de frades franciscanos acompanhou a expedição a fim de corrigir erros anteriores, “de modo que os indianos […] pudessem ter instruções mais completas na nossa fé e possam ser doutrinados e ensinados em matérias que pertençam a ela, como convém o serviço de Deus e da salvação de suas almas“.”
Bastante diferente do que é ensinado (ou não é ensinado) na escola, havia uma ordem direta do Papa para catequizar e evangelizar os povos que fossem encontrados pela frente. E ainda lembramos que, como intrépidos discípulos de Cristo, estes homens santos tiveram de enfrentar uma viagem de 44 dias alimentados por tormentas inúmeras, doença e com o risco de serem o prato principal dos temíveis Índios antropófagos.
Somente para pontuar, em 1556, assim que pisaram nas areias do litoral de Alagoas vitimados pelo naufrágio de seu Navio, a nau Nossa Senhora da Ajuda, 90 tripulantes e o primeiro bispo do Brasil, Dom Pedro Fernandes de Sardinha, foram capturados e devorados pelos índios Caetés em um ritual de antropofagia. A história foi contada por três marinheiros que conseguiram fugir e ficou registrada em cartas de jesuítas da época
Alguns “Historiadores” dizem que este fato na verdade teria sido uma “fake News” escrita pelos “beligerantes” colonialistas Portugueses que encontraram aí a desculpa que precisavam para exterminar os Caetés e colonizar o litoral Nordestino.
O Bispo tinha recebido a missão de catequizar trazendo a palavra de Deus, a eucaristia e a conversão assim como também combater vícios dos colonos Portugueses como fumar e ter relações sexuais com as índias.
A partida do Porto de Belém
“A saída das naus de Belém, em 9 de março de 1500, foi marcada por grandes pompas.
Houve uma missa penitencial e a bênção do estandarte real, ostentando cinco círculos que simbolizavam as cinco chagas de Cristo.
Dessa vez Dom Manuel estava lá em pessoa para entregá-la a Cabral; depois, a procissão liderada pelos frades “e o rei foi com eles até a praia, onde todo o povo de Lisboa estava reunido, cada qual para ver seus maridos e filhos”, e eles observaram os escaleres saindo dos galeões ao largo da praia do Restelo e o desenrolar das velas.
Dom Manuel acompanhou a frota por barco até a foz do Tejo, onde os navios de partida sentiram o golpe do mar e viraram suas proas para o sul.”
Estava iniciada a grande aventura que revelaria ao mundo a nova terra de Vera Cruz, o futuro Brasil.
As raízes Católicas, antes dos Portugueses…
Os Jesuítas chegam ao Brasil junto com Tomé de Souza, governador geral enviado pela Realeza Portuguesa e que traz representantes da Ordem, em 1549.
Antes deles chegarem já havia uma presença religiosa naquela Terra nova. Por exemplo, há uma lenda de São Brandão, medieval, que narra uma visão que ele teve como uma experiencia mística onde aponta terras atlânticas as quais chama de “Hi Brazil” (terra abençoada ou afortunada em língua antiga), inclusive fornece as coordenadas geográficas que apontam para… o Brasil!
“A Nova Gazeta da Terra do Brasil” publicava, em 1514, tradições orais dos índios brasileiros quanto à existência no país das pegadas de São Tomé, bem como recordações que conservavam dele.
O Padre Manoel da Nobrega em suas “cartas do Brasil” dirigidas a coroa real,conta que ele chegou em algumas tribos e, ao iniciar suas catequeses junto aos indígenas, ensinando sobre a Santa Trindade, a Virgem Maria e os apóstolo, percebia uma curiosa reação dos locais que se alvoroçavam quando principalmente era mencionado o nome de São Tome.
Ao perguntar sobre ele, os indígenas diziam, em sua língua, que ele esteve naquelas terras e que falava as mesmas coisas que os Jesuítas falavam (Catequeses) e ainda narravam o que tinham ouvido dele.
Porém, o mais impressionante era que Manoel da Nobrega conferiu os mesmos depoimentos em diferentes tribos nas regiões de São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do sul, Bahia, Paraíba e Ceará tendo algo especial em comum: todos falavam em sua língua que o nome daquele homem era “Zumé ou Sumé”, como aquele que os catequisava.
Em uma das tribos, em São Lourenço de Niterói os Índios Timiminós o levaram até um rochedo em Cabo frio, onde existia uma pedra que parecia ter sido feita de cera e que nela havia marcas semelhantes a uma batida de algo como um bordão que teria afundado a pedra.
Os índios contaram a Manoel da Nobrega que aquele homem disse a eles que eles não deveriam se casar com mais de uma mulher, como era costume local. Porém, após ouvir a insistência deles quanto a persistir no erro, São Tomé haveria batido com seu bordão na pedra com tamanha força que a marcou e daí os Índios decidiram viver como ele havia ordenado.
Estes índios, diferentemente de outras tribos poligâmicas, adotavam a monogamia, segundo eles, a partir deste fato. Os Tupis, os Guaianazes diziam que “Zumé” era o “Deus pequeno” que havia vindo anunciar o “Deus grande”.
Os Jesuítas, ouvindo estes relatos, teciam as mais variadas teses para a vinda de São Tomé até estas terras. O que mais impressiona é que os Jesuítas também ouviram relatos semelhantes no Peru e na Colômbia, sobre o mesmo “Zumé ou Sumé” que havia passado por aquelas terras.
Ainda São Tomé.
O Pe. Manoel da Nobrega, em sua obra “Cartas do Brasil”, alguns dias após sua chegada em março de 1549, escrevia:
“Também me contou pessoa fidedigna que as raízes de que cá se faz pão, que São Tomé as deu, porque cá não tinham pão”.
Um pouco mais adiante ele escreve:
“Dizem os índios que São Tomé passou por aqui e isto lhes foi dito por seus antepassados e que suas pisadas estão sinaladas junto de um rio, as quais eu fui ver, por mais certeza da verdade, e vi com os próprios olhos quatro pisadas sinaladas com seus dedos. Dizem que quando deixou estas pisadas ia fugindo dos índios que o queriam flechar, e chegando ali se abrira o rio e passara por meio dele a outra parte sem se molhar. Contam que, quando queriam o flechar os índios, as flechas se tornavam para eles e os matos lhe faziam caminho para onde passasse.”
O Padre Paulo Ricardo nos conta que, na Bahia, em São Tomé do Peripé, existe uma fonte de água doce, que brota de um penedo junto a certas pegadas de homem. É tradição que por ali aportou São Tomé. A esta fonte o povo deu o nome de São Tomé milagroso, porque a água nasce de pedra viva.
Não ouvimos isto nas escolas, infelizmente. O que se fala do Padre Manoel da Nobrega e dos jesuítas são apenas palavras cosméticas que levam a quem escuta, diminuir a importância que a Igreja em sua essência, teve na sua missão em terras brasileiras (e no mundo) a ponto do próprio São Tomé, em obediência as palavras de Cristo “Ide e fazei discípulos em todas as nações”, ter estado aqui muito antes das caravelas de Colombo, Duarte Coelho e Cabral.
Embora outros religiosos tenham realizado missões no Brasil desde os primeiros séculos, como os Carmelitas (1580) e Beneditinos (1581), foram os franciscanos, depois dos jesuítas, os que mais fizeram pela evangelização dos índios.
Antes da chegada de um grupo e discípulos de São Francisco, a 12 de abril de 1585, diversos frades desta Ordem já trabalhavam entre os índios, como o irmão leigo Frei Pedro Palácios na Bahia e na Penha do Espírito Santo.
Nossa Terra é verdadeiramente Cristã, Católica e Apostólica!
Os Jesuítas
Até a chegada dos primeiros missionários jesuítas, havia dois frades franciscanos em Porto Seguro, chegados em 1516, e outros dois em São Vicente (litoral paulista), chegados em 1530.
Em primeiro de fevereiro de 1549, somente nove anos depois da Companhia de Jesus ser aprovada pelo Papa Paulo III, parte de Portugal a primeira missão jesuíta portuguesa para a terra do Brasil. Nela estavam seis jesuítas, liderados pelo Pe. Manuel da Nóbrega, superior da ordem.
Em 29 de março de 1549, vindos com Tomé de Sousa, o primeiro governador geral do Brasil Colônia, desembarcaram no Arraial do Pereira, em plena Bahia de Todos os Santos, mais de mil homens. Foram 56 dias de viagem até aportar na então colônia portuguesa, que mais tarde receberia o nome de Brasil.
No ano seguinte seis mais padres chegaram e, em 1553 chegam ao Brasil mais dois padres e quatro irmãos, dentre eles São José de Anchieta (1534-1597), o mais novo da expedição.
Com destacada influência histórica e social no país, a Companhia de Jesus foi protagonista na fundação de escolas, igrejas e cidades. Os padres Manuel da Nóbrega e José de Anchieta, por exemplo, foram os responsáveis pela criação do Colégio de São Paulo de Piratininga (hoje Pateo do Collegio), que deu origem à cidade de São Paulo.
Levados pelo desejo de evangelizar os índios, livrando-os do canibalismo e de outros costumes bárbaros (enterrar crianças vivas, por exemplo), os jesuítas desenvolveram uma intensa obra de evangelização dos territórios sob o domínio português.
O Combate da Companhia de Jesus
A barbárie contra os índios imperava naquelas terras e, contra isto, combateram os jesuítas, a muito custo. O Pe. António Vieira (1608-1697), nascido em Lisboa, mas criado no Brasil desde pequeno, ao voltar em 1653 de sua formação em Portugal (onde chegou a ser confessor do Rei D. João IV) e ver a situação dos índios no Maranhão e no Pará, condenou veementemente os algozes dos indígenas e pregando que todos eles se encontravam em pecado mortal e iriam diretamente para o Inferno. Na época isto tinha um enorme peso na consciência e na ordenação das coisas.
Quando voltou a Portugal exigiu do Rei que fossem protegidos os indígenas o que culminou com uma nova legislação, em 1655 que coibia os abusos cometidos contra estes povos. Após isto, os jesuítas conseguiram recursos e respeito para evangelizar e aldear em 54 reduções cerca de duzentos mil índios. O próprio Pe. Antônio Vieira conseguiu pacificar cerca de quarenta mil nativos da Ilha de Marajó.
A Atividade missionária dos Jesuítas perseverou de maneira notável até meados do século XVIII (1759), enfrentando inúmeros riscos, morte e incompreensão por parte das Capitanias.
Nas palavras do professor e historiador Thomas Giulliano para o site “Brasil Paralelo” em sua exposição sobre os Jesuítas, “a missão dos jesuítas personifica os seguintes versos de Camões: “A fé católica dilatais”.
Ainda segundo a matéria, a redação nos conta que
“O envio dos jesuítas em missões serviu ao propósito de propagação da fé e da doutrina católica. O objetivo dos jesuítas era propagar a mensagem evangélica, ancorados em sua boa formação intelectual e doutrinal, e na intensa vivência espiritual. Além de aproximar as pessoas do catolicismo, em muitos casos ajudavam também na moralização do clero a viver uma vida conforme as normas e a pregar a doutrina adequada.
Dedicavam-se especialmente à educação e à catequização das pessoas por onde passavam. Para isso, construíram escolas e universidades. Mesmo sendo convocados pelo próprio papa a pregar em terras distantes, não recusaram o convite.
Assim, foram considerados o exército de reconquista espiritual na Reforma Católica.”
A primeira missa no Brasil.
Após desembarcarem em terra firme e terem os primeiros contatos com os índios, os Portugueses seguiram a bordo de suas caravelas para um lugar mais protegido, parando na praia da Coroa Vermelha em Santa Cruz Cabrália, litoral sul da Bahia. Acompanhava Cabral o Frei Henrique de Coimbra, sacerdote da ordem de São Francisco que havia sido escolhido como guardião dos conventos que a Ordem iria edificar na Índia por ordem do Vigário de Roma. Junto com ele viajava um grupo de clérigos seculares que se destinavam a comandar missões no Oriente.
Foi neste local que, em 26 de abril de 1500, domingo da oitava da Páscoa, o frei franciscano Henrique de Coimbra, acompanhado de outros irmãos de ordem, celebram a primeira missa na Terra de Vera Cruz.
A Santa Missa foi celebrada contando com a presença da tripulação das naus assim como de cerca de duzentos nativos, que acompanhavam curiosos à cerimônia. Segundo Pero Vaz de Caminha, a missa a celebração feita em um “altar mui bem arranjado e foi ouvida por todos com muito prazer e devoção”. Assim que concluiu a celebração, o frei subiu em uma cadeira e promoveu uma grande pregação a todos recordando os desafios enfrentados naquela empreitada e como a Cruz, sob cuja obediência vieram, os guiou até o destino seguro, daquela Santa terra.
Ainda no relato de Caminha, embora não conhecessem nem o teor da pregação nem o sentido daquela celebração, os nativos foram surpreendidos pela novidade e assistiram à cerimônia em silêncio e admiração. Quando a cerimônia terminou, os índios demonstraram sua alegria cantando, e dançando como o costume local regia.
Após esta, uma segunda Missa foi celebrada no dia 1º de maio, na foz do rio Mutarí.
Outra cerimônia importante foi a colocação de uma cruz, símbolo a qual houve a vinculação com o nome do lugar encontrado: “Terra de Vera Cruz”. Na sua partida, o Frei Henrique recebeu das mãos de Nicolau Coelho, crucifixos de estanho que deveriam ser distribuídos aos indígenas.
Assim, pelas mãos de Frei Henrique, o primeiro missionário do Brasil, dava-se início a propagação do Evangelho no Brasil
Assim…
Talvez você, leitor, já tenha conhecido alguma coisa que aqui está escrito, mas, certamente, não tudo. E há muito mais que precisamos saber sobre a nossa terra e a missão que ela possui de ser o bastião Católico no mundo.
Em um mundo paganizado, relativista, chagado em sua fé por quem prontamente deveria defendê-la e não o faz, causando apenas dúvida e confusão (é, a fumaça de Satanás entrou mesmo…) e desagregando o povo de Deus, cabe a nós buscar fontes verdadeiras de informação. Especialmente buscar fontes dignas que nos tragam a verdade sobre a terra em que vivemos e nunca dar ouvidos ao que os educadores politizados pregam em suas aulas e obras que, de boas ou úteis, nada tem.
Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará (Jo 8:32)
Christus Vincit, Christus Regnat; Christus, Christus Imperat!
Fontes:
CROWLEY, Roger. Conquistadores. Ed. Crítica. 2015
RENAULT, Gilbert. As Caravelas de Cristo. Ed Permanência. 2012
NOBREGA, Pe Manoel da. Cartas do Brasil. Ed. Imprensa Nacional. Rio de Janeiro. 1886.
ERMAKOFF, George. Dicionário Biográfico Ilustrado de Personalidades da História do Brasil. Ed. Casa Editorial, Rio de Janeiro, 2012
VAINFAS, Ronaldo (organizador). Dicionário do Brasil colonial (1500-1808). Ed. Objetiva. Rio de Janeiro, 2001.
TONON, Raphael – As raízes católicas do Brasil – https://www.youtube.com/watch?v=7nlKz8rXTGs
São Tomé, Apostolo do Brasil e das Américas – https://padrepauloricardo.org/blog/sao-tome-apostolo-do-brasil-e-das-americas
Quem eram os Jesuítas – https://www.brasilparalelo.com.br/artigos/quem-eram-os-jesuitas
Os Jesuítas na América Latina – https://www.veritatis.com.br/os-jesuitas-na-america-latina/
A primeira Santa missa no Brasil – https://pt.aleteia.org/2016/04/26/26-de-abril-de-1500-e-celebrada-a-primeira-santa-missa-no-brasil/