Um pouco sobre São Luís Maria Grignion de Montfort.

Redação VOTC

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O que você encontrará neste artigo?

  • São Luís, têmpera de honra e fidelidade.
  • Homem de Oração e de Atitude.
  • Por fim, o encontro com Deus.
  • Obras de São Luís Montfort.
  • Nossa Senhora de La Salette.
  • Sanctus, Sanctus: São Luís e São João Paulo II.

São Luís, têmpera de honra e fidelidade.

O pequeno (que viria a se tornar enorme) Luís vem ao mundo em 31 de janeiro de 1673, na cidade de Montfort-La-Cane, na Bretanha francesa). Decide por uma vida simples, mas devota a eucaristia e à Virgem Santíssima. Filho de João Batista Grignion de Bachellerie e Joanna Visuelle de Chesnais, Luís teve 17 irmãos e irmãs.

A família de São Luís era exemplo de família cristã. Quatro de seus irmãos viveram na vida religiosa, sendo: um padre, uma beneditina, uma irmã sacramentina e um irmão dominicano.

Apesar das dificuldades econômicas, aos 12 anos frequentou o colégio jesuíta de São Tomás Becket, em Rennes e lá permaneceu até 1692. Ao ser crismado acrescenta ao seu nome o nome de Maria, tamanha era a sua devoção a Santa Mãe de Deus.

Aos 20 anos de Idade transferiu-se para Paris, onde entrou para o seminário menor de Saint-Suplice (São Suplício). Graças ao seu empenho e devoção, recebia do bibliotecário uma série de leituras sobre a Virgem Maria. Mais tarde estudou Teologia na Universidade de Sorbonne, famosa pela frequência de intelectuais e letrados.

Na vida de seminário, passou por muitas tribulações, quer sejam de seus superiores que não entendiam se deviam tratá-lo como um santo ou então como um fanático e pelos seus colegas que não entendiam o porquê ele era tão diferente. Era comum o jovem Luís ser humilhado e insultado em público por seus superiores e ridicularizado por seus colegas.

Já aos 27 anos (5 de julho de 1700), na festividade de Pentecostes, é ordenado sacerdote em Paris, e sua busca pela evangelização e pela Virgem aumenta mais e mais. Porém a provação também aumenta, mais e mais…

Homem de Oração e de Atitude.

São Luís era um homem de oração e atitudes concretas. A sua obra evangelizadora distinguiu-se logo pela defesa da fé católica contra o racionalismo, protestantismo, galicanismo e o complexo e difuso jansenismo.

Um dos seus primeiros encargos foi o de capelão do hospital de Poitiers. Era muito amado pelos doentes e pobres, devido ao seu zelo missionário e dedicação incondicionada, o que causou inimizade entre alguns sacerdotes, pelo seu comportamento excêntrico. Por isso, teve que deixar o cargo.

Após sofrer muito, em uma peregrinação a Roma no ano de 1706, São Luís recebe do Papa Clemente XI a confirmação de sua vocação missionária e o título de “missionário apostólico”.

Em meados de 1708 voltou à região de Nantes, onde dá marcha às suas missões de forma rápida. Neste local manda erigir um Calvário, como um memorial e dedica-se ao atendimento dos pobres e sofredores.

Como homem verdadeiramente missionário e de atitudes, o padre Luís Grignion funda a Congregação das Filhas da Sabedoria (1703), a Companhia de Maria (1705), dos Padres Missionários Montfortinos e a Congregação dos Irmãos de São Gabriel (1715).

Também é recordado pelos seus bem escritos e profundos escritos marianos, como o Tratado da verdadeira devoção à Santíssima Virgem, redigido em 1712.

Por fim, o encontro com Deus.

São Luís Maria Grignion de Montfort, consumido pelo trabalho árduo e por enfermidades, como a pneumonia, falece em 28 de abril de 1716. Sua morte ocorre justamente quando estava para iniciar uma missão em Saint-Laurent-sur-Sèvre, que seria sua última pelo seu estado grave de saúde. Ele tinha 43 anos, e era sacerdote há apenas 16 anos.

Sua biografia nos conta que ele se tornou sacerdote para dedicar-se à evangelização dos povos estrangeiros, do socorro aos mais pobres e vulneráveis e para proclamar o Reino de Jesus Cristo por Maria.

Obras de São Luís Montfort.

São Luís nos deixou um legado extraordinário de sua inteligência e amor a Deus e a Virgem Maria tanto por sua missionaridade como também pelos seus maravilhosos escritos.

Suas principais obras são:

– O amor da Sabedoria Eterna”, “Tratado da verdadeira devoção à Santíssima Virgem Maria”, “O Segredo de Maria”, “O Segredo Admirável do Santo Rosário”, “Cinco métodos para se rezar santamente o Rosário, atraindo sobre si a graça própria dos mistérios da vida, da paixão e da glória de Jesus e de Maria”, “Carta Circular aos Amigos da Cruz”, “Contrato de aliança com Deus”, “Regras da pobreza voluntária da Igreja primitiva”, “O Livro dos Sermões”, entre outros.

Nossa Senhora de La Salette.

São Luís Maria Grignion de Montfort, no Tratado, profetiza o surgimento futuro daqueles a que o próprio santo chamou de “Apóstolos dos Últimos Tempos” e que viriam a ser confirmados, mais tarde, durante as aparições de Nossa Senhora de La Salette:

“Eu dirijo um urgente apelo à Terra; chamo os verdadeiros discípulos do Deus Vivo que reina nos Céus; chamo os verdadeiros imitadores de Cristo feito Homem, o único e verdadeiro salvador dos homens; chamo os meus filhos, os meus verdadeiros devotos, aqueles que já se me consagraram a fim de que vos conduza ao meu Divino Filho; os que, por assim dizer, levo nos meus braços, os que têm vivido do meu Espírito; finalmente, chamo os Apóstolos dos Últimos Tempos, os fiéis discípulos de Jesus Cristo que têm vivido no desprezo do mundo e de si próprios, na pobreza e na humildade, no desprezo e no silêncio, na oração e na mortificação, na castidade e na união com Deus, no sofrimento e no desconhecimento do mundo.

Já é hora de que saiam e venham iluminar a Terra. Ide e mostrai-vos como filhos queridos meus. Eu estou convosco e em vós sempre que a vossa fé seja a luz que alumie, e nesses dias de infortúnio, que o vosso zelo vos faça famintos da glória de Deus e da honra de Jesus Cristo.”

Sanctus, Sanctus: São Luís e São João Paulo II.

O Papa João Paulo II recordou uma vez como ainda jovem seminarista durante a ocupação nazista, quando trabalhava na fábrica Solvay de Cracóvia, “leu e releu muitas vezes e com grande lucro espiritual” um dos trabalhos de Montfort, e que: “Então eu percebi que eu não poderia excluir a Mãe do Senhor da minha vida, sem obscurecer a vontade de Deus-Trindade.”

De acordo com a sua Carta Apostólica Rosarium Virginis Mariae, e o lema pessoal pontifício “Totvs Tvvs” foi inspirado na “doutrina sobre a excelência da devoção mariana e total consagração” de São Luís de Montfort.

“Repetindo todos os dias ‘Totvs tvvs’ e vivendo em harmonia com ela”, disse ele, “pode-se chegar à experiência do Pai com confiança e amor sem limites, à docilidade ao Espírito Santo e à transformação de si mesmo segundo a imagem de Cristo”

Os pensamentos, escritos, e o exemplo de São Luís Maria Grignion de Montfort, também foram apontados pela encíclica Redemptoris Mater de São João Paulo II como testemunho da espiritualidade mariana na tradição católica.

Ao falar com os Padres Montfortianos, o pontífice também declarou que a sua leitura do trabalho do santo “Tratado da Verdadeira Devoção a Maria” foi uma “decisiva virada” na sua vida.

Christus Vincit, Christus Regnat; Christus, Christus Imperat!

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